quinta-feira, julho 27, 2006

Ar seco sobre Sampa

O ar seco tomou conta de Sampa. Há dias que o ar bafiento, poluído, amargo e demasiadamente compacto se alojou na cidade industrializada; e do eufemismo dos contrastes. Efeito de estufa? Frente quente da América Latina! Justificações meteorológicas que enganam o óbvio. A poeira levanta. As árvores definham. Sobrevivem as cansadas folhas, suspensas em galhos sujos. E o barulho surdo dos passos alérgicos entre os movimentos pessoais. É Inverno. O sol brilha cinzento, sob uma pressão cálida de trinta graus. É Inverno por cá. E o vento não se sente. A chuva já não cai. O frio pereceu. E não seria normal um ciclo menos árido?

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