sexta-feira, novembro 17, 2006

[-Umas ideias sobre o assunto-]

R. pediu que eu trocasse umas ideias sobre o assunto. C. perguntou-me como foi [na verdade perguntava sempre; só queria saber de mim]. N. lembrou-me disso e parece que este ano ele foi seleccionado, também.
S. falou-me da distância, das proximidades; mas eu não iria esquecer o mês [e quase esqueci pela sofreguidão das horas, dos dias, dos meses, do meu tempo]. E ontem H. reivindicava que voltasse para me rever; e nem queria acreditar que nove meses estavam aí. Tal como P. que me falou da vulnerabilidade das passagens por cá. Há um ano, num hotel em Lisboa, o meu contexto [e tudo mais que isso implica] começava a preparar-se para a incógnita de nove meses. Tal como parir um filho, disse; diziam!, brincavam; discorriam em argumentos e ideias que especulavam sempre sobre como é estar do outro lado do Atântico.
Depois, lá naquela quinta, nos arredores lisboetas, soava pelo microfone um nome híbrido, que entendi sem perceber o porquê - apenas centrada no destino e no país. São Paulo, soou-me um nome cru, como outra cidade qualquer. Afinal o destino já se tinha tornado indiferente. Um baque sonolento e irreal. O eco ainda entoava. E se o J. bem se lembra, AC brincou quando anunciou, mais tarde, uns quantos nomes depois, o mesmo destino e a mesma empresa. Que iria tomar conta de mim! Hum, sabemos que ninguém toma conta de ninguém, da forma como se evidenciava!!!
Mais: lembro do receio de todos lá em casa; dos amigos. SP não era, para eles a cidade ideal. Não é!Mas, afinal ideal para quê? Não sabemos nada sobre o assunto!
Depois: lembro-me da ansiedade. 159 nomes mencionados aleatoriamente. Uma indecisão de duas semanas sobre para onde ir - pouco ou demasiado tempo [ e esta era sim uma dúvida existencial em lato senso - lamento o cliché; mas vale por si agora]. Foi precisamente há um ano (assegura este mês) que soube que SP seria um intervalo na minha vida de lá; seria uma oportunidade para me conciliar e redimir com o abraço que PT não me dá, há demasiado tempo. Ou agora entendo que não. Nove meses é mais do que parir um filho, sim....

Sem comentários: