terça-feira, julho 24, 2007

incapacidades

Acidente da TAM, em Congonhas, São Paulo, a semana passada.
Não há verdades. Há pontos de vista. Opiniões. Não sabemos o que são os factos - porque todos os dias somos obrigados a engolir alguns, que são apenas parte dos pontos de vista.
Mas o que é pior (desumano, falso) é que nestes pontos de vista, nestes "factos", opiniões, condolências maquilhadas de retórica e muita incompetência de gestão estrutural da aviação civil brasileira (o Governo por inerência), dizem (perdoem-me os nomes "rebuscados" para melhor entenderem a minha ironia) é sempre a incapacidade de se reverem no lugar do outro. Por muito que imaginemos e nos compadeçamos com a dor dos outros (eles?, nós?); por muito sensíveis que sejamos, nunca vivemos a experência na primeira pessoa. Sim, a que sofre!
Se é assim com os sensíveis vejamos com os opostos: dizem que os insensíveis governam o mundo, e o nosso espaço público está na incapacidade do lugar do outro - que é governado por eles: os que não sentem. Parece, também, que isso é universal. O outro somos sempre nós, dentro nós! E sempre para nós...

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