quarta-feira, abril 06, 2011

Hilda, os lábios do homem que beijo

A Hilda deu-lhe para me enviar títulos. 
Títulos e mais títulos têm, incessantemente, desde ontem, chegado ao meu e-mail. Tenho passado os últimos dois dias a ler e-mails, apenas, ao fim do dia e eis que me deparei com uma dezena de e-mails de hilda@uol.com.br. Muitos foram directamente para o spam. Hilda, então: spam, baby. Levei um susto. 

Respondi-lhe de imediato: 

-Endoideceste? O que se passa?

-Estou escolhendo títulos para meus próximos livros Van. Peças de Teatro. Achei melhor escolher primeiro o título e, depois, achando o bom nome do filho, escrever a história. Assim me inspiro: tá me entendendo? E queria que você escolhesse alguns. 

"Foi no mês que vem; Teus passos que me levem da rua; A rua onde nasce o fim; sabor de maio para abril que não veio; aos peixes; sermão do homem que nunca aconteceu; bárbaros motivos; meia-noite sempre vem; tinta fresca; trem na estação final; fim de primavera; Verão inventado; Nico-tina; retratos a sépia; Bandeirada dois; lentos, os lábios do homem que beijo..."

Podia por aqui continuar a transcrever os nomes inventados por Hilda. Estes arroubos sempre acontecem na madrugada. Acredito, portanto, que neste momento ela esteja a trabalhar, afincadamente, na invenção de novos títulos, até que lhe passe. 

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